terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Agripino critica governo Dilma por falhas na gestão do setor elétrico

A gestão do governo de Dilma Rousseff no setor de energia foi criticada pelo senador José Agripino Maia (DEM-RN). Enquanto faltam linhas de transmissão e investimentos, o governo resolve apostar nas usinas termoelétricas, que geram energia a um custo maior, apontou o senador.
A decisão do governo de colocar em funcionamento termoelétricas, ante a possibilidade -  admitida pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão - de falta de energia, pode, na opinião de Agripino, pressionar a inflação e prejudicar as contas públicas. A energia produzida pelas termelétricas é mais cara por ser gerada a partir da queima de gás natural, gasolina, diesel e carvão mineral, produtos hoje importados pelo Brasil.
Como o governo não deve repassar esse custo para o consumidor, especialmente num ano eleitoral, o prejuízo deve ficar nos cofres públicos, observou. Só em 2013, foram R$ 10 bilhões de subsídios, com estimativas de 18 bilhões de reais neste ano, disse o senador.
E esse dinheiro poderia muito bem ser investido na melhoria da infra-estrutura, sugeriu Agripino Maia.
- O ano de 2015 será um ano terrível para quem for presidente da República. Porque não tenho dúvida: o governo não vai aumentar a tarifa da energia elétrica, vai [deixar] acumular este buraco, vai investir menos em infraestrutura e o custo-brasil vai aumentar cada vez mais. Mas, politicamente, vai segurar o custo da tarifa, porque este é um ano de eleição, para guardar uma caixa-preta para o futuro presidente. Seja quem for, que vai encontrar esse e outros buracos-negros - previu o senador.
Agripino afirmou que a origem do problema está na regulamentação do setor elétrico, que remunera melhor a energia produzida a partir de usinas prontas e paga menos para aquela gerada por novos empreendimentos. Esse modelo inibiu investimentos no setor, num momento em que o consumo de energia aumentou.
Ao mesmo tempo, acrescentou, parques eólicos no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Bahia, que poderiam fornecer a energia que falta, não levam até os consumidores 1.300 megawatts gerados por falta de linhas de transmissão, lembrou o senador.
Agência Senado

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