terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Presidente do Conselho Municipal de Saúde reconhece escassez de recursos para se investir na saúde

O Presidente do Conselho Municipal de Saúde, José Procópio de Lucena esteve presente na reunião que discutiu sobre a elaboração do Plano Municipal de Saúde nesta terça-feira, no auditório da 10.ª DIRED.

Procópio disse ao repórter Paulo Júnior (Jornal Correio do Seridó) que é uma iniciativa boa e louvável, mas reconhece que está atrasada.  “O município já deveria ter seu plano, pois o plano venceu o ano passado. É obrigação do município elaborar esse plano, a partir da regulamentação da Lei 8.080 e nós do Conselho de Saúde tivemos alguma reuniões com a equipe técnica da Secretaria de Saúde, onde mostramos a importância de ouvir a sociedade organizada, os movimentos, as organizações do campo, o movimento sindical e as associações”, disse Procópio.

Ele relata que o plano é para servir para a sociedade de Caicó, além de pactuar um conjunto de políticas de saúde com outros municípios do Seridó.

De acordo com José Procópio, Caicó é uma cidade pólo e uma cidade importante na relação de construção de um modelo de saúde participativo e regionalizado. 

Procópio revelou que Caicó ainda não tem um núcleo de epidemiologia, para que possa sistematizar dados para atuar de forma mais eficiente e mais clara. “Caicó tem deficiências fortes na atuação da saúde, dependendo dos recursos públicos que são insuficientes. Caicó tem capacidade zero de investimento na saúde. Isso não é de hoje, isso é grave”, afirmou.

Procópio ainda ressaltou que sem os recursos suficientes, o setor de saúde não tem como recuperar os postos de saúde, fazer a manutenção de equipamentos, de materiais, de transportes e criar condições de trabalho para as equipes.

“É preciso trabalhar melhor a câmara de compensação e ter uma ouvidoria. O plano vai ser aprovado no Conselho Municipal de Saúde que é a última instância de deliberação. Nós vamos acompanhar e no dia dessa reunião iremos convocar a sociedade e espero que o conselho se posicione com maturidade, com interlocução clara, mas com capacidade técnica e política de aprontar um plano que sirva aos interesses do usuário e que melhore a qualidade de saúde em Caicó”, concluiu Procópio. 

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