Marcus Vinicius Vieira, vice-presidente executivo da Record, responsável pela onda de demissões
Por DANIEL CASTRO, em 16/02/2014 ·
Em mais uma etapa de corte de custos, a Record finalizou na semana passada o processo de demissão de mais de cem seguranças e recepcionistas que trabalhavam nas instalações da emissora em São Paulo. Eles foram substituídos por funcionários de uma empresa fornecedora de mão de obra, mais baratos. A Record confirma a informação.
Muitos dos demitidos eram fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, liderada por Edir Macedo, dono da Record. Um deles, ao saber que seria demitido, protestou fazendo defecando e urinando no estacionamento.
Em 2012, logo após a Olimpíada de Londres, a Record iniciou um processo de enxugamento de custos, liderado pelo vice-presidente executivo, Marcus Vinicius Vieira.
As primeiras vítimas foram a rádio Record e a Record News. No ano passado, a TV Record passou por um processo que resultou em mais de 1.000 demissões em São Paulo e no RecNov, o complexo de estúdios no Rio de Janeiro.
Áreas não consideradas essenciais, como a limpeza e a copa, foram terceirizadas. Agora chegou a vez da segurança. A emissora realizou estudos até para terceirizar a produção de programas. Grandes produtoras, como a Casablanca, foram consultadas para cotação de preços e viabilidade.
A Record teve de demitir porque seu crescimento de audiência e com receitas publicitárias não acompanhou os investimentos realizados nos últimos anos.
A emissora comprou e contratou mais do que arrecadou. O faturamento de toda a rede é de cerca de R$ 2 bilhões. A Globo, sem considerar suas afiliadas, faturou R$ 11,5 bilhões em 2013.
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