sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Falta d'água na Paraíba já atinge mais de 120 mil pessoas; No Sertão várias são as cidades em colapso

Falta d'água na Paraíba já atinge mais de 120 mil pessoas; No Sertão várias são as cidades em colapso; ConfiraMais de 120 mil pessoas que moram em 20 localidades da Paraíba, sendo 15 cidades e cinco distritos, enfrentam o colapso no sistema de abastecimento de água.

Segundo a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), as áreas serão abastecidas exclusivamente por carros-pipas. A Cagepa informou ainda que 29 localidades estão em sistema de racionamento e nove cidades em estado de alerta, totalizando 58 localidades (incluindo cidades e distritos) enfrentando problemas no abastecimento.

Conforme a Companhia, para as maiores cidades do Estado, João Pessoa e Campina Grande, o sistema de água está assegurado e não há previsão de rodízio ou racionamento.

A engenheira Simone Vilar de Queiroz, subgerente de Macromedição e Controle de Perdas da Cagepa, confirmou que em decorrência da seca que atinge algumas regiões paraibanas e, consequentemente, do baixo nível de água dos mananciais, atualmente 20 localidades enfrentam problema no abastecimento de água, sendo 15 cidades.

Na lista das cidades que enfrentam o colapso no sistema de abastecimento estão: Triunfo, São João do Rio do Peixe, Carrapateira, Emas, Imaculada, Riacho dos Cavalos e Nazarezinho, localizadas no Sertão; Algodão de Jandaíra, Areial e Damião, no Agreste; Riachão, Tacima e Dona Inês, no Curimataú; Montadas, no Brejo e; Taperoá, na região do Cariri.

Além das cidades, os distritos de Gravatá, Pindurão, Barreiros, Logradouro e Cozinha também estão sem água.

No início da semana,o gerente regional da Cagepa, em Cajazeiras, Cleudismar Alexandre, havido informado que devido a estiagem três cidades do Sertão (Triunfo, São João do Rio do Peixe e Carrapateira) além do distrito de Gravatá tinham sofrido suspensão no abastecimento de água.

A subgerente da Cagepa explicou que o sistema de abastecimento de água em colapso significa dizer que o sistema está temporariamente desativado porque, devido à seca, os mananciais que atendem as localidades encontram-se secos. “Nestes casos, o fornecimento de água está sendo feito por carros-pipa, gerenciados pela Defesa Civil e Exército”, complementou.

Em 29 outras localidades, sendo 22 cidades e sete distritos, o abastecimento está sendo racionado, ou seja, realizado em rodízio, o que significa que os mananciais que atendem as localidades encontram-se com volume de capacidade reduzido e, portanto, o fornecimento de água nas torneiras das residências precisa ser feito de maneira racional. "O funcionamento do rodízio é variável, depende da capacidade de atendimento de cada sistema”, frisou a subgerente.

Moradora do município de Arara, no Brejo paraibano, uma das cidades que sofre com o racionamento de água, a professora Adeílza Duarte, contou que a água só chega em sua residência de dois em 2 meses. “A maioria das casas tem cisterna, para que a gente possa armazenar por mais tempo a água. Quem pode pagar, compra a água que é trazida por carro-pipa, mas para quem não pode, tem que esperar pelos carros-pipa da Prefeitura e aí a água é distribuída para todos da mesma rua”, contou.

Além de Arara, também enfrentam rodízio as cidades de Barra de São Miguel, Areia, Umbuzeiro, Remígio, Esperança, Nova Palmeira, Caraúbas, Puxinanã, Aroeiras, Gado Bravo, Cachoeira dos Índios, Pilões, Belém, Caiçara, Logradouro, Serraria, Casserengue, Solânea, Bananeiras, Cacimba de Dentro, Ararura e também distritos de São Miguel, Lagoa do Mato, Cepilho, Novo Pedro Velho, Rua Nova, Cachoeirinha e Braga.

Segundo a subgerente da Cagepa, já em alerta, estão nove municípios: Piancó, Natuba, Gurjão, Jericó, Mato Grosso, Lagoa, Bom Sucesso, Brejo dos Santos e São José da Lagoa Tapada. “Os sistemas em alerta são sistemas que, pela atual condição do manancial, estão sendo monitorados pela Cagepa e a manutenção do abastecimento de água por parte da Companhia, assim como os demais, depende da ocorrência de chuvas”, informou. Ela também explicou que em João Pessoa e Campina Grande, o abastecimento de água está assegurado.

“Não há previsão de rodízio, nem racionamento. Os mananciais que atendem as duas cidades estão em condição de atendimento”, acrescentou.

CAMPANHA ALERTA SOBRE USO RACIONAL DA ÁGUA

Diante do atual quadro, por meio da campanha Água não se Joga Fora, a Cagepa continua alertando a população para que economize água, utilizando-a de maneira racional. A campanha, segundo a subgerente de Meio Ambiente e Educação Sanitária da Cagepa, Joana Darc, foi lançada em outubro do ano passado, na Praça da Bandeira, em Campina Grande, com o objetivo de alertar a população sobre a importância de se utilizar a água de forma racional.

“A ideia é promover também atividades educativas em locais públicos para mostrar às pessoas que elas podem contribuir de forma decisiva no combate ao desperdício. Levaremos também a campanha às escolas de Campina Grande e a outras regiões do nosso Estado”, declarou ela. A subgerente também contou que em dezembro, as atividades de campo foram iniciadas por Campina Grande.

“A partir deste ano, a campanha será levada às escolas de Campina Grande e a outras regiões do Estado, sobretudo, às mais afetadas pela estiagem que assola o Nordeste”, destacou Joana Darc, acrescentando que o cronograma de atividades da Campanha para 2014 encontra-se em fase de elaboração. (Colaborou Luzia Santos)

@folhadosertao
com Jornal da Paraíba

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